Vi no jornal da TV, a moça do tempo está grávida. Pensei: hoje está bom para escrever um pouquinho. Temperatura mínima de duas palavras, máxima de duas mil. Pancadas de café ao longo do dia.
A moça do tempo está grávida. Ela espera el niño. A espera, invariavelmente, é feita de tempo. Tempo bom, tempo nublado, tempestade, furacão. Todas as condições cabem numa barriga de mulher.
A moça do tempo está grávida. Ela mostra onde vai fazer frio. Dentro dela, no entanto, é sempre verão. Seu corpo é um mapa múndi e ela está grávida de sol, encoberto por nuvens de curiosidade, “Como será o rostinho?”. O tempo, eterno gestante, vai parindo a todo instante. Seus filhos se chamam acontecimentos.
A moça do tempo não sabe a hora que seu bebê vai nascer. Quando sentir que chegou a vez, irá ventando para a maternidade. Nesse dia, será que vai chover nos olhos dela? Não sei. Mas a previsão é que ele seja muito amado.
blog da silmara franco 
Interessante… Pra quem odeia der mãe, até que você conseguiu escrever dois belos textos sobre maternidade… E tá retomando a qualidade original dos textos após um período de inspiração (ou dr expressão) em baixa…
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Meu Deus, Silmara, que delicadeza de descricao do momento mais sublime na vida de uma mulher!!! Comparar a gravidez as variacoes temporais, sem brincadeira, fez chover nos meus olhos! Chuvas de emocao e gratidao por poder ler algo tao lindo logo pela manha, para comecar o dia com prenuncio de dia claro, com brisas outonais.
Lindo demais!!!
Abracos!!!
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Republicou isso em O LADO ESCURO DA LUA.
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Um mimo de crônica… 😉
Beijo, Silmara, cheio de sol e vento, que é o que tem por aqui no dia de hoje. 😉
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Que seja uma chuva delicada, porque as tempestades têm me assustado muito, como jamais…
Lindo, amiga. Um beijo.
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