
Dia é um caminho imaginário que percorremos enquanto fazemos coisas. Melhor; círculo imaginário. Por definição, sem fim ou começo – a não ser por convenção humana. Sol e lua, redondos, são para combinar.
Dia é aquilo que inventamos para justificar nossos atrasos. Ir ao cinema. Dar festa. Faltar ao trabalho. Num dia cabem todos, todinhos, acontecimentos do mundo. O HD do dia é imenso.
Dia serve para comemorar nascimento, contar idade, registrar amores, vender calendários, comprar sapatos. Dia não serve para ser futuro.
Dia tem tarde, fazendo a ponte entre manhã e noite. (Não esquecer a convenção humana.) Apresenta lógica milenar, contestada diariamente pelos entediados e reclamões.
Dia é feito de coisas, coisinhas e coisonas. Sua anatomia e esquemas têm ricas ilustrações, impressas em vinte e quatro cores, ou horas. Todas muito didáticas. Procura-se alunos atentos.
Dia curto pede saia idem. Longo, dá para enrolar.
Um dia é útil se não for sábado, domingo ou feriado. E inútil quando tanto faz.
Há dias orgânicos e recicláveis – cada um no respectivo compartimento da agenda. Todos, no entanto, são um convite às dissecações afetivas.
Dia não é de ninguém. Mas se lhe desejarem um bom dia, acredite e agarre-o. Não custa.
Um dia não é barato. Mas também nunca sai caro. Mais vale um na memória que dois na folhinha.
Menina, nunca havia pensando no dia dessa forma. O pior é que ele não é de ninguém e é de todo mundo. Coisa louca né?! kkk
bjsss
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