Falei palavrão – dos cabeludos – na frente da cria. Saiu, escapou, fazer o quê. Eles me enlouquecem quando fingem não me escutar. Pedi oito vezes para colocarem o uniforme, hora de ir para a escola. E eu tinha reunião em seguida. Gente grande é escrava do relógio. Gente pequena, da brincadeira. Tempo e diversão são coisas que não combinam. O palavrão foi o jeito que meu cérebro encontrou para resolver a parada, aplacar a fúria, impedir uma implosão. E, claro, evitar o atraso.
Os dois me lançaram um olhar de incompreensão. Então pode?
Incoerência materna é bicho de muito mais que sete cabeças. Faça o que eu digo, mas não fale o que eu falo. Um bom palavrão na hora certa é bálsamo para o coração em ebulição. Por que esconder isso da criança? O que há, afinal, por trás do bom-mocismo linguístico?
Lancei mão do silêncio para lidar com o desconcerto dos pequenos. Não fiz a emenda; o soneto já estava destruído. Porém, se é que alguém quer saber, funcionou: os dois se vestiram em segundos. Assentar o episódio aqui dentro levou mais tempo.
Rs…você descreveu direitinho o que ocorre. Vc não está sozinha nessa!
Filho não precisa de mãe, precisa de gravador e no repeat! rs!
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Silmara, da próxima vez, lembre-se do palavrão que pode ser dito em qualquer situação, exceto em reuniões de cunho político em regime de ditadura;
Inconstitucionalissimamente.
Tenho certeza que eles ficarão ainda mais perplexos.
Um abraço, Fabiano.
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entrei aqui através de outro blog o – sala da La – e fui lendo, lendo, despertando sorrisos, memórias de situações parecidas, nostalgias, de repente já estou no post de 6/7/2010 , o do mamão papaya; uma das minhas gatinhas insiste em chamar a atenção, porque gato se sente o centro do universo, e ai de vc que não dê atenção…., o filho tb precisa do computador, enfim,
voltarei outra hora para continuar a ler os post antigos e acompanhar os novos, porque é bom à beça isso aqui.
Um abraço, obrigada .
Angela Mercia
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Silmara, não me pergunte como cheguei a seu blog, mas cheguei. E gostei um bocado; você escreve bem à beça. Voltarei.
Também tenho um blog onde escrevo umas crônicas, alguns contos, e outras cositas sem nome de batismo. Quando der, passe por lá, ok?
O seu já está no meu ‘favoritos’.
Um abraço, e que o coelhinho não deixe de passar por aí.
Santana Filho
http://cronicasereflexoes.wordpress.com
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Acontece. rs.
Dizer palavrão tem até efeito terapêutico.
bjo
p.s.: Pode continuar me chamando de Ana. Tenho amigos e colegas que me chamam assim e até minha mãe solta um Aninha de vez em quando.
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Ahahah … amei!!!!
Tem hora que estas crianças nos deixam loucas, né? Que só um bom palavrão resolve!!!
Eu já soltei uns também … e funciona! O susto faz com que eles tomem outro rumo … ahahah …
beijão
Rose
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